Richard e Jorge em:
Hórhe
Era apenas uma tarde nublada de primeiro de abril.
Ninguém estava nem aí.
Tudo que importava naquele momento era a tevê de madeira, ou pelo menos o que sobrara da madeira. E, claro, o único canal que pegava - apesar de ninguém entender o que falavam.
-Malditos cupins! - disse Richard, irritado como se esperava.
Jorge parecia angustiado.
Richard notara que sua lepra havia subido para além de seus nove dedos da mão. Já a percebia no pulso.
Jorge ainda angustiado.
Richard, com raiva da hanseníase, não move sua mão com medo de perdê-la.
Jorge chega para Richard. Meio cagão. Meio inspirado.
-Richard, preciso te dizer.
-Diga.
-É sério.
-Sempre é.
-Mas dessa vez é mais que nunca.
-Diga logo!
-É sobre meu nome.
-Que é que tem?
-Tu fala ele errado.
-Ahn?!
-Fala-se HÓR-HE.
3 comentários:
cara, eu queria comentar... mas diante de toda essa criatividade, eu não faço idéia do que comentar...
tu anda mais perturbado do que nunca.
O grande clássico Richard y Hórhe está de volta!
Ohyesboy!
ótimo...
Ass: Marcolino No Aparelho
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