Jorge nunca escondeu sua alegria perante quaisquer baboseiras.
Foi quando ele conheceu sua maior alegria que teve de esconder
a sua empolgação para não fazer fiasco.
Era algo precioso desde o dia que o conheceu.
Não o largava.
Ia no banheiro, na igreja, na zona, no Porão Show Bar e sempre
o levava junto.
Era ele.
E o Push Pop.
9.4.08
A Felicidade
1.4.08
A Volta
Richard e Jorge em:
Hórhe
Era apenas uma tarde nublada de primeiro de abril.
Ninguém estava nem aí.
Tudo que importava naquele momento era a tevê de madeira, ou pelo menos o que sobrara da madeira. E, claro, o único canal que pegava - apesar de ninguém entender o que falavam.
-Malditos cupins! - disse Richard, irritado como se esperava.
Jorge parecia angustiado.
Richard notara que sua lepra havia subido para além de seus nove dedos da mão. Já a percebia no pulso.
Jorge ainda angustiado.
Richard, com raiva da hanseníase, não move sua mão com medo de perdê-la.
Jorge chega para Richard. Meio cagão. Meio inspirado.
-Richard, preciso te dizer.
-Diga.
-É sério.
-Sempre é.
-Mas dessa vez é mais que nunca.
-Diga logo!
-É sobre meu nome.
-Que é que tem?
-Tu fala ele errado.
-Ahn?!
-Fala-se HÓR-HE.
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Prelúdio III
Richard e Jorge em:
Aparições Divinas
Reza a lenda que haviam acontecimentos extraordinários naquele canto da cidade
(o lugar era conhecido como aquele canto pois ninguém teve a criatividade de batizá-lo)
e foi para lá que Richard e Jorge se bandearam.
Foram com sua van lotada de coisas (uma tevê e uma poltrona que os dois revezavam
para assistir a tevê de um canal, canal esse falado numa língua dosdemo) até que envane-
zaram naquele canto.
-Que merda de lugar, disse Richard.
-Bah cara, parece ser tri!, retrucou Jorge.
A dupla organizou sua moradia: um trailer.
O trailer era de madeira e o pessoal da desincupização abandonou o ramo pois não
conseguiu resolver o caso.
A tevê também era de madeira.
Richard resolveu dar uma volta.
Quando foi sair, avistou à porta um ser com uma aura branca e uma coroa.
Era Cristo. Jesus Cristo.
-Será que o cara precisa de ajuda?, perguntou Jorge.
-Que nada!
-Sai da frente, ninguém te convidou! - Richard atrovejou ao empurrá-lo e
deixá-lo estatelado no barro daquele canto.
Reza a lenda que haviam acontecimentos extraordinários naquele canto da cidade
(o lugar era conhecido como aquele canto pois ninguém teve a criatividade de batizá-lo)
e foi para lá que Richard e Jorge se bandearam.
Foram com sua van lotada de coisas (uma tevê e uma poltrona que os dois revezavam
para assistir a tevê de um canal, canal esse falado numa língua dosdemo) até que envane-
zaram naquele canto.
-Que merda de lugar, disse Richard.
-Bah cara, parece ser tri!, retrucou Jorge.
A dupla organizou sua moradia: um trailer.
O trailer era de madeira e o pessoal da desincupização abandonou o ramo pois não
conseguiu resolver o caso.
A tevê também era de madeira.
Richard resolveu dar uma volta.
Quando foi sair, avistou à porta um ser com uma aura branca e uma coroa.
Era Cristo. Jesus Cristo.
-Será que o cara precisa de ajuda?, perguntou Jorge.
-Que nada!
-Sai da frente, ninguém te convidou! - Richard atrovejou ao empurrá-lo e
deixá-lo estatelado no barro daquele canto.
Prelúdio II
Triste Fim Do Beto's Bar - CMRJ
Numa bela noite de segunda-feira (eita dia pouco cinematográfico!) Raymmond vai até o Beto's Bar, seu canto preferido que antes era chamado de Meneghini's, e encontra Richard, a quem conheceu em um carteado quando foi a Roma visitar uns parentes e cuidar de seu sítio:
-E aí Rich, tudo tranquilo?
E Richard suando frio:
-Er, mais ou menos...
-Mas o que foi que aconteceu contigo cara?
-To com lepra.
-Oh, então me diz onde fica o banheiro.
Richard aponta a direção:
*PLOFT*
Richard aponta a direção:
*PLOFT*
-Mas que..
E Richard e Raymmond são expulsos do Beto's Bar, que logo faliu pois a antiga clientela do Meneghini's não estava acostumada com cerveja e futebol...
Se é que vocês entendem...
Se é que vocês entendem...
Do triste livro: Contos Macabros de Richard e Jorge - Summer Edition
Prelúdio I
Da triste série contos macabros de richard e jorge:
Richard fala em tom melancólico para o Jorge, seu colega de quarto:
-Acabei de cagar.
E Jorge insólito:
-Bom pra ti!
-Mas espera eu terminar... Quando me limpei, tinha algo vermelho, acho que era um pedaço de carne.
-Ta, mas o churrasco não tava tão mal-passado assim...
-Quem falou em churrasco?
-E seria carne de mais o que?
E Richard retruca em tom cálido, pálido, gélido:
-Minha.
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